O Brasil precisará de novas reformas na Previdência?

Em alguns anos, a aposentadoria social pode precisar de mais medidas

O assunto da Reforma da Previdência pode voltar a ser pauta na vida dos brasileiros no futuro.

Na avaliação de diversos economistas, mudanças ainda precisarão ser feitas para equilibrar as contas públicas.

O principal motivo é o comportamento geral da população brasileira. No passado, muito se falava do aumento da longevidade e diminuição do número de filhos da maioria dos habitantes. Hoje, todo o drama causado pela pandemia na perda de vidas, redução de expectativa de vida e pagamento de auxílios, tornou-se mais relevante para justificar outra reestruturação da previdência social.

Estes fatores impactam diretamente na reserva do INSS para pagamento de aposentadorias e podem ser associados a um novo ciclo previdenciário.

O Ministério da Economia calcula que a expectativa de sobrevida no sistema (por quanto tempo os segurados receberão a aposentadoria) será de 21,2 anos para uma pessoa de 65 anos em 2060. Hoje, essa expectativa é de cerca de 18,4 anos. Há 40 anos, era de 12 anos.

Afora esta conta, o governo estima que o número de pessoas em idade ativa em relação a cada idoso vai diminuir, caindo de sete, em 2020, para 2,35, em 2060.

Como é de conhecimento dos brasileiros, quem trabalha ativamente sustenta o sistema de aposentadoria e a redução de renda e empregos podem causar novos impactos no futuro da previdência social, conforme sugere Renato Fragelli, professor da Escola Brasileira de Economia e Finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Da forma que está, a projeção é de que a economia calculada chegue à 800 bilhões em 10 anos. Entretanto, a meta inicial do Ministro da Economia, Paulo Guedes, era assegurar R$ 1 trilhão de reais em dez anos.

A estimativa é de que, em cerca de 15 a 20 anos, a Previdência Social precise de mais reformas para sustentar o sistema de aposentadoria do país.

Tags: Previdência Social reforma da Previdência

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