A previdência privada é uma ferramenta sólida para quem deseja construir um futuro financeiro mais estável. Com o tempo, porém, é natural que surjam dúvidas sobre a manutenção do plano contratado. Uma delas envolve a portabilidade, um recurso ainda cercado por mitos que podem levar a decisões equivocadas ou até à inércia.
Neste artigo, vamos esclarecer o que é mito e o que é verdade sobre a portabilidade de previdência, para que você tenha mais segurança ao avaliar essa opção.
Portabilidade significa resgatar o dinheiro?
Mito.
Ao contrário do que muitos imaginam, a portabilidade não é um resgate. Ela é uma transferência direta do saldo entre instituições, sem incidência de imposto de renda e sem perda do tempo já acumulado no regime tributário escolhido. Isso garante que o investimento continue rendendo sem interrupções e sem prejuízos fiscais.
Posso mudar a seguradora e manter meu tipo de plano?
Verdade.
A portabilidade permite trocar a instituição financeira responsável pelo plano, mantendo tanto o tipo de previdência (PGBL ou VGBL) quanto o regime tributário (progressivo ou regressivo). Essa flexibilidade ajuda o participante a buscar melhores taxas de administração, fundos com performance superior ou um atendimento mais qualificado.
É possível fazer portabilidade a qualquer momento?
Verdade, com ressalvas.
A legislação permite a portabilidade, mas o plano pode estabelecer prazos mínimos de permanência antes que a solicitação seja aceita. Em geral, esse período varia entre 60 dias e um ano, a depender do contrato. Após esse prazo, o participante pode solicitar a mudança sem custos adicionais.
É obrigatório mudar tudo de uma vez?
Mito.
Você pode portar apenas parte do valor acumulado, se quiser. Essa possibilidade é útil para quem deseja testar a nova instituição antes de transferir o total. Também é comum fazer essa movimentação como forma de diversificar a carteira entre diferentes gestoras.
A portabilidade não traz vantagens reais
Mito.
A portabilidade pode ser decisiva para melhorar os resultados do seu plano no longo prazo. Taxas menores, fundos mais eficientes e uma gestão mais próxima dos seus objetivos fazem diferença ao longo dos anos. Como a previdência é um investimento de horizonte estendido, mudanças sutis hoje podem se transformar em ganhos significativos no futuro.